O bom humor como linguagem

O bom humor como linguagem: ACESSIBILIDADECOMPORTAMENTOCULTURA

As vezes me pergunto: será que uma linguagem irreverente, engraçada para falar sobre deficiência atinge mais as pessoas?  Tenho me feito essa pergunta depois de assistir os últimos filmes sobre este assunto. Em “Os Intocáveis” quase chorei de dar risada e olha que sou bem chata, demoro para rir das coisas, sou mais séria. O mesmo aconteceu só ao assistir o trailler de “As sessões”, ou quando leio os textos do Jairo Marques. O jeito irreverente do Jairo me motiva a ler seus textos até o fim. Confesso que esse estilo é muito difícil para mim, afinal sou mais séria. Mas, sempre me divirto ao ler.
O jornalismo geralmente trata os assuntos com seriedade, mas as charges e quadrinhos entretem  mas muitas vezes também informam. Atualmente, tenho procurado quadrinhos e charges para postar no face do Guia. As tirinhas são uma forma bem humorada de criticar e levar o leitor à reflexão. Elas criticam a falta de acessibilidade física, atitudinal entre outras. Contudo, para escrever com bom humor a pessoa deve ser muito engraçada, divertida e leve com a vida.
Para dar risada de si mesmo é necessário aceitação de quem somos. Tenho aprendido que o bom humor faz com que encaremos de outra maneira a situação. Dá para reivindicar algo por meio de humor, mesmo que seja mais sarcástico. Dessa maneira o problema é resolvido de maneira mais leve e ajuda na aceitação da outra pessoa também. Talvez, essa linguagem descontraída e “lúdica” faça a pessoa refletir de outra maneira, sem pieguismo, sem ver a pessoa com deficiência como alguém maior ou menor, somente como uma pessoa igual.
Descrição da charge: Moço com cadeira de rodas parado na calçada em frente de uma placa de proibido estacionar. O guarda está multando o rapaz por estar “estacionado” na calçada atrapalhando a passagem.

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